“Só que muitas vezes eu preciso de cuidado e atenção e não sei pedir.”


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10 de outubro de 2011

foi, é e será.



    Tudo começou com uma simples brincadeira. Duas crianças tímidamente falaram-se pela primeira vez. A primeira impressão não foi propriamente boa, mas criámos um laço que realmente "não desfez o nó". Depois de tantas correrias, de "lutas", acabámos por nos conhecer-mos. E conhecemo-nos muito lentamente... A cada dia que passava, algo novo nos encantava. Algo em comum ou incomum. O que é certo é que gostávamos do que sentíamos. Embora, muito novas sentíamos que algo de muito forte, acabara de crescer. Ambas eram difíceis, muitos problemas iam surgindo. Foram aprendendo a lidar uma com a outra, mesmo estando em constante mudança. Partilhas? sim, muitas. Vida? fazíamos uma só. Era uma constante felicidade. Toda essa felicidade aumentava cada vez mais. Os anos iam passando, e á medida que passavam esta amizade que crescera tão lentamente, tornava-se mais forte. Os segredos eram imensos, mas eram guardados somente para nós. A confiança foi crescendo e tornaram-se cúmplices uma da outra. Verdadeiramente felizes, planearam o futuro juntas, sendo tanto o amor. Cada vez mais e mais e mais planos, cada vez mais segredos, cada vez mais juntas... Tanto que se acabaram por perder. Talvez por serem coisas em demasia, talvez por não aguentarem tanto sentimento. Mas realmente o que era em demasia era todo esse sentimento que guardavam. Completamente impossível descrever como tudo foi acabando. Os planos tornaram-se chatos, as conversas eram cada vez mais sem assunto e apenas o silêncio permanecia. Dúvidas foram ocorrendo, e o medo ultrapassava os limites. Talvez elas não aguentaram a pressão de tantos ciúmes, de tanta confusão, de tanta pessoa a meter-se no meio. Talvez algumas tenham conseguido, e por isso é que piorámos. Talvez precisássemos de saber o que é sentir saudade uma da outra, talvez a única coisa que precisássemos era um motivo para perder o medo. E arranjá-lo? Tudo nos derrubava, e cada vez ainda mais. As tentativas foram perdendo a razão, e o medo começava a ser em vão. Porque a única coisa que elas sentiam era saudade uma da outra. Saudade de tudo aquilo que tinham planeado e construído. Saudade de quando eram verdadeiramente felizes. Onde a felicidade era imensa, e transbordava para outros. Começaram a perguntar-se se seriam a pessoa que cada uma sonha ter, começaram a perder a esperança e tentar preencher o vazio com pessoas mais fáceis. Terá resultado? Seriam realmente as pessoas ideais, as pessoas fáceis? Não. Tanto uma como outra eram difíceis, e era assim que gostavam uma da outra. Era isso que dava força para lutar, pois sendo difíceis sabem lutar. Os problemas eram cada vez maiores, mas havia um que estava presente no dia-a-dia de cada uma. Era o problema mais doloroso que podiam resolver... E aí estava o problema. Resolver como? As tentativas de uma volta ao que eram, era em vão. Tudo o que tentavam era em vão. E a esperança ia diminuindo conforme as coisas iam fluindo. Quando achávamos que estávamos realmente preparadas, as dúvidas surgiam. Deixando-nos mais confusas e magoadas. Passar os dias a relembrar os tempos de inocência, a relembrar o que viveram e não se aperceberam no momento. A tentar arranjar respostas para 1001 perguntas, a tentar fazer com que o nosso maior medo passasse por despercebido... Sendo isso quase impossível. Sim, com cada atitude nossa só nos magoávamos ainda mais, coisa que parecia não acabar. Aí nasce uma outra pergunta "quando acabará isto?". E uma resposta muito silenciosa, voa na nossa direção. Muito calmamente, como o sussurrar do vento... algo responde: "Acabará na altura que ambas lutarem verdadeiramente e acreditarem que pode mudar".


Observação: Este texto retrata uma história real, e é escrito por duas pessoas. Por mim e pela autora deste blog.

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