“Só que muitas vezes eu preciso de cuidado e atenção e não sei pedir.”


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6 de setembro de 2011

16 # Carta para alguém que não está na tua cidade ou país. (2ª carta)


Não te via há 2 anos, e as saudades cada vez mais apertavam. Finalmente chegaste cá, abracei-te durante uns bons 10 minutos e daí em diante foram as melhores semanas da minha vida por tantos motivos. Eu sabia que havia de chegar o dia em que te ias embora, o dia em que te ia dizer ‘adeus’ por mais um ano e que tudo continuava igual. Mas sabes? Senti-me tão próxima de ti, em tantos sentidos que me podia habituar a ter-te assim para sempre, tanto é que me esqueci desse dia. Senti-me verdadeiramente bem contigo, senti que os teus abraços eram verdadeiros, que gostavas quando choravas e eu ficava a limpar-te as lágrimas e a dizer-te que ia ficar tudo bem (…) gostei de finalmente estar com uma das pessoas que mais fazem “peso” na minha vida. És minha prima, mas mais que isso, és das melhores pessoas da minha vida e eu já sentia falta de ver esse teu sorriso à minha frente, de sentir os braços sem ser só em pensamento, já sentia falta do cheiro do teu cabelo, do teu pescoço, das constantes brincadeiras, dos gritos no meio da rua, das festas até às tantas … já sentia a tua falta, pois já me esquecia de como é bom ter-te ao meu lado para tudo. Ontem adormecemos juntas, agarradinhas como se fossemos duas conchas, partilhámos mais umas pequenas lágrimas e tu adormeceste… e quando isso aconteceu, eu sussurrei-te “ never leave me, please.” Aliás, até dormi melhor. Acordei tão bem, tu abraçaste-me, deitaste-te nas minhas pernas e íamos adormecendo outra vez, e chega a hora de ires. Dois simples “pi pi” do carro do teu pai, para me pôr de rastos. Admito, quando te abracei para te ires embora nunca pensei que fosse chorar, até porque não sou pessoa de deitar lágrimas. Tentei conter-me, mas elas foram mais fortes e já precisava de aliviar a pressão que isto me tem dado, e chorar tanta hora está a dar cabo de mim. A tua despedida está a dar cabo de mim, está a pôr-me de rastos. Como te sussurrei (mais uma vez) quando te foste embora “ je t’aime” , foi o ‘amo-te’ mais sincero que te disse, e volto a repetir, eu amo-te imenso e vai custar-me muito não te ver durante tanto tempo. Mas como sempre me disseram que a distância não é nada quando uma pessoa é tudo, eu vou fazer com que nós nunca nos percamos, com que isto fique perfeito como está e com que nunca nenhuma de nós se esqueça dos momentos únicos que passámos juntas! Não tenho fotos dos dias todos que estivemos juntas, mas então e? tenho um coração que os guarda com o maior carinho que pode haver, e que faz com que durem para sempre, e me façam sorrir quando eu pensar em chorar. Obrigada por fazeres deste verão o melhor de todos.
Agora fico eu a chorar, sem ti por perto para me limpares as lágrimas e me dizeres que vai ficar tudo bem. Mas sabes? Eu sei que vai.

cíntia melissa, meu 'amor'.

7 comentários:

A verdade pode doer, mas sempre é mais digna.