só um desabafo...

era tão bom ouvir as palavras doces da tua boca, que eu sempre desejei. aquelas palavras que me faziam suspirar profundamente, que criavam foguetes na minha cabeça. ou então receber daqueles apertos teus, em que eu ficava bem junta a ti, onde aí éramos só nós os dois, sem nada no meio, sem preconceitos, sem comentários, sem qualquer tipo de consequência, apenas nós. neste momento, só queria retroceder umas semanas, voltar às 14:30 e sentir o nervosismo, prefiro até dizer as borboletas. fazia de tudo para as voltar a sentir, para te voltar a sentir, para voltar a cheirar as batatas fritas de presunto do teu pescoço, para voltar a rir-me a olhar-te directamente nos olhos, para voltar à nossa cumplicidade óbvia. é claro que tenho saudades tuas, tu tornaste-te constante na minha vida, tu viraste o meu mundo do avesso, tu mudaste pequenos pormenores em mim. tu... tu, por momentos, foste o meu ar. tenho saudades de quando tinhas os teus pequenos gestos para comigo, de quando olhavas para mim sem desprezo, quando gostavas de falar comigo. e parece que não vão passar de saudades, que tudo o que vivi não saiu da minha cabeça... eu só queria que olhasses para mim.
sei que agora não tens noção disso, e provavelmente vais ter muito tarde, mas não vais encontrar ninguém como eu. não vais encontrar ninguém que te queira tanto como eu, que faça de tudo só para te ver mais 5min, que te queira a ti e só a ti, que se derreta com o teu sorriso por vezes idiota, enfim, que te precise de ti como eu. é verdade, eu sem ti sinto um vazio em mim, não me sinto a mesma que era quando te tinha por perto. e quando te beijava? era como fogo de artíficio, era como andar sobre fogo, era... era algo de outro mundo.
e eu sei que vais voltar, disso tenho certeza, voltas sempre. mas aí, o meu coração já sarou e não vai querer mais nada contigo, até porque ele só tem saído magoado! só te peço que cresças. quando isso acontecer, eu mostro-te o quanto gosto de ti.
eu só precisava do teu abraço, aquele que me fazia sentir segura, aquele que sem querer me acariciava. eu só precisava que continuasses presente, que continuasses comigo. era assim tão impossível?