olho para esta foto e vêm umas grandes saudades ao de cima. 2 de julho de 2011, o teu aniversário, já passaram 8 meses e ainda me lembro de cada pormenor. desde então, mudámos fisica e mentalmente, para nosso bem ou não. se bem me lembro, esperei que adormecesses para preparar a tua prenda, sempre com medo que acordasses. sentei-me no chão, saquei uma folha e comecei a escrever, com o sentimento na ponta da caneta. as palavras eram poucas, porque realmente não dava para explicar a tamanha importância que tinhas na minha vida, mas tentei. sei que ainda hoje tens o papel no teu quarto, numa parede, junto com outros tantos. só existíamos nós, não havia qualquer tipo de problemas, de afastamento... só existiam sorrisos, abraços e demonstrações de carinho. algum dia os problemas tinham que surgir, nada é um conto de fadas e o nosso já durava à imenso tempo! nessa altura, nunca acreditei que iriamos chegar ao ponto onde estamos, actualmente. hoje, sinto-me mais afastada de ti do que realmente queria. um dia, vamos sentar-nos numa esplanada, a beber o nosso ice tea de limão e a comer um croissant prensado com manteiga, e eu vou explicar-te o que realmente se passa, e aí talvez percebas. não digo que não sejas importante como antes, digo apenas que tal importância está suspensa no ar na esperança de um dia voltar. não digo que sinto falta daqueles abraços, daqueles sorrisos, das conversas e dos desabafos sinceros, digo apenas que esses também estão suspensos.
sem querer "apaguei-te" do meu dia-a-dia. eu não faço parte do teu, tu não fazes parte do meu, e somos da mesma turma... estranho, não?
a verdade é que me magoaste, e hoje me apercebo de que a culpa não é toda tua, mas marcou-me de uma maneira que as lágrimas me correm a escrever isto... e por muito que não queira, o meu coração está magoado e nada posso fazer para o remendar e voltar a aceitar-te na minha vida. eu sei que tens paciência e que esperas, o problema é que nem eu sei o quanto vai demorar, a mazela é tão grande. com tanta dor na minha tão pequena vida, acabei por mudar, eu sei que sim, e tu já o sentiste. mas acredita que não foi por querer.
aos poucos chego lá, acredita pequena*